segunda-feira, 4 de março de 2013

Entrevista ao Reduto do Rock: Vanguart Começa 2013 Com Vinil E Novo Disco



O Vanguart se apresentou no SESC Ribeirão Preto, nesta quinta-feira (28), e conversou com o Reduto do Rock sobre a indústria fonográfica, o estilo da banda e o novo álbum.

O show marcou o início das vendas em vinil do Boa Parte de Mim Vai Embora e teve músicas do terceiro disco, sendo apresentadas pela primeira vez para um SESC lotado.

Leia a entrevista exclusiva, concedida por Helio Flanders (vocal) e Reginaldo Lincoln (baixo).

Reduto do Rock – Vocês demoraram muito tempo para lançar o segundo disco em relação ao terceiro, que já está sendo gravado. O que mudou em todo o processo?

Helio Flanders: O processo de gravação do segundo disco foi meio que traumático, nós estávamos buscando a nossa sonoridade e com toda aquela pressão de gravadoras procurando a gente. Então acho que por isso tivemos essa demora. Nosso plano agora é lançar um disco a cada dois anos. Muita gente acha isso rápido, mas o pessoal hoje é que anda muito lento. Conversei com o Reginaldo, daqui a pouco estamos fazendo 50 anos (risos) com só 5 discos, por isso vamos dar essa acelerada.

RR – O Boa Parte de Mim Vai Embora deixou um pouco de lado a pegada folk da banda; vamos continuar vendo isso no novo álbum? A Fernanda Kostchak continua trabalhando com vocês?

HF: Nós sempre tivemos uma grande mistura de estilos, mas após o segundo disco nós resolvemos continuar nesse caminho atual. O importante é que vamos continuar compondo em português e trabalhando com a Fernanda.

Reginaldo Lincoln: Acho esse disco mais folk do que o primeiro…

HF: Mentira, não acreditem nele.

RR – De quem partiu a idéia de lançar o Boa Parte de Mim Vai Embora em vinil?

HF: Lançar o disco em vinil foi realmente uma decisão nossa, eu particularmente tenho essa paixão pelo vinil. Ficamos no pé da gravadora até que conseguimos; pretendemos lançar o novo disco também nesse formato.

RL: Para ouvir o vinil você precisa de todo um ritual; você vai lá, muda de lado e tudo mais, isso faz com que a pessoa realmente pare para ouvir a música, o que não acontece hoje em dia. Todo mundo ouve música e faz mais alguma coisa ao mesmo tempo, o vinil é uma espécie de refúgio, onde você coloca o disco e faz só aquilo.

RR – Continuando no assunto, a indústria fonográfica vem sofrendo para tentar se recuperar, vocês acreditam que o CD é um formato ignorado hoje?

HF: Não vejo mais ninguém comprando CDs; eu particularmente só tenho CDs porque ganho de amigos ou de presente, mas não é algo que compro. O preço também é algo que influencia; antigamente eu conseguia achar singles do Belle & Sebastian por R$ 9, hoje não tem mais isso. Nem singles temos mais a venda, isso é algo que não é cultural no Brasil.

Fonte: redutodorock.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário